sexta-feira, 12 de junho de 2015

9 Rounds.

ERA 11:15 DA MANHÃ, A VONTADE DE FICAR NA CAMA ERA MAIS FORTE, NA MINHA CABEÇA UM PENSAMENTO ECOAVA  "QUEM GOSTA DE CAMA É LENÇOL", POIS TODOS OS DIAS VENHO ESCUTANDO MEU PAI FALAR ALTO PELOS QUATRO CANTOS DA CASA ESTE MALDITO DITADO POPULAR. O QUARTO ESTAVA ESCURO E ABAFADO, MAIS UM DIA ESTAVA PRA COMEÇAR. ERA SEXTA- FEIRA, E COMO TODOS OS DIAS DE OUTONO SÃO GELADOS, UM VENTO FRIO ENTRAVA PELA JANELA, PORÉM, RAIOS DE SOL MOSTRAVA QUE O DIA ESTAVA QUENTE E BELO.
ALÉM DAQUELE DITADO CHATO DE MEU PAI MARTELANDO EM MINHA CABEÇA, ME SUBIA UMA ANGÚSTIA, NADA QUE FOSSE RUIM, PELO CONTRÁRIO, ERA ALGO BOM, UMA INQUIETUDE, POIS MINHAS PERNAS QUERIAM SAIR PARA MAIS UM DIA DE TREINAMENTO. MAS ALGO JÁ VINHA ME INCOMODANDO, UMA DOR CHATA NA REGIÃO DA TÍBIA. NADA QUE ME TIRASSE A TRANQUILIDADE E VONTADE DE CORRER. 
DECIDI QUE O TREINO SERIA UM LONGÃO, SÓ PARA TIRAR O MARASMO DE UM FERIADO PROLONGADO. NÃO IRIA ME PREOCUPAR COM TEMPO E MUITO MENOS DISTÂNCIA, SÓ ESTAVA QUERENDO ME ENCONTRAR COM DEUS E FUGIR DE ALGUMAS PESSOAS QUE ME TIRAM DO SERIO AS VEZES. POIS BEM, OLHEI PARA MEU PAR DE TÊNIS, UM ASICS NOOSA 9, "QUE MAIS PARECE UM TÊNIS DE PALHAÇO SEGUNDO MEUS ALUNOS". ELES ESTAVAM LÁ QUIETOS E PRONTOS PARA MAIS UM PASSEIO, AJUSTEI ELES EM MEUS PÉS E QUANDO ABAIXEI PARA AJUSTAR OS CADARÇOS SENTI UM BELISCÃO NA REGIÃO DA TÍBIA, ERA ELA, A MINHA DESAFIANTE DO DIA, NAQUELE MOMENTO ELA ME FAZIA UM CONVITE, ME CHAMAVA PARA UMA LUTA QUE IRIA DURAR 9 LONGOS QUILÔMETROS (ROUNDS), GELO, E ALGUNS DIAS DE REFLEXÃO E ESTUDOS. 
"A LUTA FOI TRAVADA COM DUREZA, E AMBOS OS LUTADORES TIVERAM QUE DAR O SEU MELHOR PARA QUE ALGUÉM DESISTISSE"
.
TALVEZ ESSA SERIA A CHAMADA DE ALGUM JORNAL SENSACIONALISTA PARA ESTE EMBATE. POR MAIS TEIMOSO QUE SEJA, EU SABIA QUE DESTA VEZ NÃO IRIA VENCER. POIS LOGO NO PRIMEIRO ROUND, MINHA DESAFIANTE MOSTROU QUE NÃO IRIA ALIVIAR SEQUER UM SEGUNDO, POR MAIS QUE EU ME ESQUIVASSE DELA, ELA IRIA ME RODEAR, ME CAÇAR COM PACIÊNCIA E COM GOLPES CURTOS E LIGEIROS, QUE AO LONGO DO TRAJETO IRIAM ME TIRAR O MAIS IMPORTANTE A CAPACIDADE DE CONCENTRAÇÃO.A LUTA COMEÇOU COM UM SIMPLES ACLIVE DE APROXIMADAMENTE 15 METROS, NAQUELE MOMENTO MOSTREI QUE SERIA UM OPONENTE DIFÍCIL DE SER DERRUBADO, TALVEZ TENHA PARTIDO MUITO AFOITO PARA CIMA DELA, TODA A INQUIETUDE E EMPOLGAÇÃO DEVE SER GUARDADA PARA O FINAL DE CADA LUTA, COMO FORMA DE ASSUSTAR O OPONENTE, ESSE DEVE SER O SEGREDO DOS GRANDES CAMPEÕES. OS NOVATOS SE EMPOLGAM E SAEM DESESPERADOS PARA MOSTRAR O QUANTO SÃO FORTES. COITADOS, DOCE ILUSÃO! POIS BEM, A LUTA SEGUIU, O PRIMEIRO ROUND PODERIA SER DESCRITO DA SEGUINTE FORMA: O DESAFIADO DESFERIU BELOS GOLPES, COM BOAS PASSADAS, VELOCIDADE E ENTUSIASMOS, MAS NADA QUE TIRASSE O FOCO DO DESAFIANTE, POIS ELA CONTINUAVA LÁ, CERCANDO E INCOMODANDO AQUELA CANELA DESPREPARADA E ILUDIDA. 
4 ROUNDS SE PASSARAM, QUANDO O 5º ROUND (5KM) CHEGOU, O DESAFIANTE (DOR) JÁ ESTAVA SEGURO DE QUE A LUTA ESTAVA ENTRANDO EM SUA ESTRATÉGIA, POIS ELA HAVIA MINADO AOS POUCOS MINHAS PERNAS. UMA PONTE ESTAVA POR VIR, LONGOS 65 METROS DE UMA SUBIDA, NÃO MUITO INCLINADA E TÃO POUCO DESAFIADORA. MEU OPONENTE DESFERIU UM GOLPE, UM BELO GOLPE, DIGAMOS QUE FOI UM GANCHO BEM NO MEIO DE MINHA CANELA, SENTI O GOLPE, PARECIA UMA MARRETADA, MAS SEGUI FIRME, COMO UM BOM LUTADOR, DEI UMA BREVE CHACOALHADA NAS PERNAS E CONTINUEI EM FRENTE, NÃO QUERIA MOSTRAR QUE ESTAVA ABALADO PARA MEU ADVERSÁRIO, E NEM PARA MINHA MENTE. 
ROUND 6, TOMEI UM GOLE LIGEIRO DE ÁGUA, E MINHA DESAFIANTE COMEÇAVA A JOGAR SERIO, ME GOLPEAVA COM MAIS FORÇA A CADA TROCADA DE GOLPES NO ASFALTO, ERRAMOS DURO UM COM O OUTRO, RESPONDIA COM PASSADAS MAIS LARGAS E ALGUNS SUSPIROS QUE MOSTRAVA A ELA QUE NÃO SERIA FÁCIL ME DERRUBAR. 
O ROUND 7 COMEÇOU COM UM DECLIVE, UM ALIVIO PARA MINHA MENTE JÁ QUESTIONADORA, ELA COMEÇAVA A QUESTIONAR SE AQUELA LUTA FAZIA SENTINDO, SE ERA POSSÍVEL ALGUÉM TÃO CHATA E INSUPORTÁVEL COMO ESSA CANELITE SAIR DERROTADA. MAS O ACLIVE ME TROUXE DE VOLTA A LUTA, APENAS DEIXEI A GRAVIDADE TOMAR CONTA DO SERVIÇO, PROJETEI MEU CORPO PARA FRENTE E SEGUI ADIANTE, PORÉM TINHA ME ESQUECIDO QUE EM BREVE ESTARIA ENTRANDO NO 8º ROUND, NÃO SERIA NADA FÁCIL, POIS ELE ERA UM ALIADO DA DANADA, UMA SEQUÊNCIA DE ZIG-ZAGS EM UM LIGEIRO ACLIVE.
ENTREI FIRME NO QUILÔMETRO 8, A DOR ESTAVA  LÁ, GOLPEANDO FIRME, MARTELANDO COMO UM CARPINTEIRO BATE O MARTELO CONTRA O PREGO EM UMA MADEIRA RÍGIDA, MAS EU TENTAVA RESISTIR AS DORES E MINHA MENTE JÁ FALANDO FIRME E CADA VEZ MAIS ALTO PARA QUE DEIXASSE DE LADO O ORGULHO E PARASSE POR ALI, MAS EU NÃO DAVA ESPAÇO PARA AQUELA VOZ INSUPORTÁVEL. AS VEZES UMA LUTA SE GANHA COM RAÇA. MAS AQUELA LUTA ESTAVA LONGE DE SER VENCIDA. O 9º ROUND, ESTAVA ABAIXO DE MEUS PÉS E ACIMA DE MINHA CABEÇA, ERA UMA LADEIRA DE APROXIMADAMENTE 800 METROS. ELA É COMO SE FOSSE A SUBIDA PARA O CÉU E CHEGANDO NO CÉU, AINDA PEGAMOS UM ELEVADOR PARA A COBERTURA DO CÉU. COM MAIS UM DESAFIO DENTRO DA LUTA, O CORPO JÁ CANSADO, A MENTE DESGASTADA, GRITANTE POR UMA PAUSA, E VENDO QUE MINHA DESAFIANTE NÃO DEMONSTRAVA SINAIS DE FRAQUEZA, SABIA QUE A QUALQUER MOMENTO IRIA SUCUMBIR E JOGAR A TOALHA, POR MAIS QUE ME DOESSE EU TERIA QUE RECONHECER QUE AQUELA DESAFIANTE ERA SUPERIOR AO MEU CORPO. PROSSEGUI POR MAIS ALGUNS LONGOS E DOLOROSOS METROS ANTES DE LEVAR O GOLPE FINAL. ERA UM CRUZADO FIRME QUE MAIS PARECIA UMA BATIDA DE CAMINHÃO EM UM TRONCO FIRME DE ÁRVORE, NAQUELE MOMENTO PAREI O EMBATE E RECONHECI QUE A TEIMOSIA NEM SEMPRE É SINAL DE RAÇA E FORÇA DE VONTADE. 

segunda-feira, 11 de maio de 2015

De Baleia, a Sereia. Uma historia de força e fé.

Meu nome é Paloma, tenho 23 anos, moro em São Paulo com minha mãe e minha avó. A pedido do Bruno e de muitos, busquei dividir com vocês minha história, uma história que através da força e da fé eu venho mudando e escrevendo novos capítulos em minha vida.
Bom vamos lá, desde pequena passei por um problema que me levou a ter algumas complicações na saúde, eu sofria de OBESIDADE. Devido ao meu peso elevado desenvolvi problemas como pressão alta, dores nos membros inferiores e luxações nos tornozelos devido a torções. 
Somada a minha obesidade, tive uma infância complicada pois eu cheguei ver meus pais em processo de separação, brigas diárias, bebedeiras de meu pai, por esta razão tive um pai ausente, esta ausência só me fez me sentir mal a cada dia, e como não sabia conviver com aquele vazio eu descontava tudo na comida. Foi então, que eu tinha 4 anos, eles se separaram, era criança, não tinha tanta noção das coisas, mas nós sabemos a falta que um pai faz em nossas vidas. No meu nascimento segundo minha mãe, não era gordinha ainda. Mas com o passar do tempo tive ganho de peso de uma forma que os médicos não sabiam explicar, aos 10 anos já estava na fase da obesidade infantil, com este problema desenvolvi depressão, só chorava e então começou meu problema com a alimentação, comia, comia, me cansava de comer e mesmo assim comia e depois dormia, em minha infância não tinha amigos pra brincar.
Na parte mais legal da vida eu não fui feliz, me sentia frustrada... passaram- se os anos, fui crescendo em todos os sentidos, para cima e para os lados, "crescer para os lados não me deixava feliz" e com isso cheguei ao final da adolescência ganhando peso e muito peso e além dos pesos ganhei de brinde uns apelidos "chupeta de baleia, rolha de poço, bola e etc". Com 18 anos já pesava uns 100 quilos, fiz tratamentos para perder peso, fiz todas as dietas era possíveis, tomei remédios e nada de ter resultados. Detalhe eu já ia a igreja buscar a Deus desde os 6 anos, mas até na igreja as pessoas falavam de mim por ser gorda, me chamavam de anjo fofo, que minha unção era maior que a do resto da congregação, ouvi muitas piadas que acabavam comigo, me deixando com a autoestima lá embaixo, estas ofensas me magoavam e me deixavam com mais raiva ainda, mas em momento algum esqueci que Deus estava no controle, apenas questionava o porquê disso tudo, mas minha fé estava lá firme e forte. 
Na escola era motivo de piada e chacota de todos, me sentia o patinho feio da história, mas não tinha como me esconder, pois o saco de pão para enfiar na minha cabeça, não servia, até nisso passava raiva, imaginem... Não era feliz, por mais que tivesse fé e esperança que tudo poderia mudar, não era feliz e com isso eu ainda descontava na comida, se bobear comia até quando estava dormindo. Meu desejo era fugir, sair da escola, pois não aguentava mais o que estava passando. E mesmo no caminhar com Deus, só clamava por misericórdia, pois não estava mais aguentando toda aquela situação. Foi quando descobri que havia um hospital em São Paulo, que estavam realizando matrícula para a fila de espera para a redução de estomago, então meu coração se encheu ainda mais de esperança e fui correndo fazer minha inscrição. “Ops... correndo não, porque se não a terra iria tremer como diziam os meninos malas da escola". Eu tinha 15 anos quando fiz a inscrição, porém, junto a esperança vieram os comentários: " Você está louca?",  "Vai morrer!", "Não vai adiantar nada!", "você é nova demais!". Mas não aguentava mais a vida que estava levando, me inscrevi, e comecei a acompanhar as palestras com a equipe do Dr Sinzenando. O tempo se passou e eu já tinha 18 anos, comecei a trabalhar, passei por mais problemas... "Vida de gordo não é fácil", vergonhas, mais chacotas , discriminação no trabalho. Procurei pelo convênio 9 vezes para fazer essa cirurgia. 
Aos 22 anos já estava pesando 131 quilos. Aí foi quando passei a maior vergonha da minha vida, quando fiquei presa em uma catraca de ônibus, imaginem todos rindo de mim... parecia vitrine de shopping, mas ao invés de apresentar uma look bonito, era minha pança que eles viam e riam. Quando desentalei, desci longe do ponto que tinha que descer, chegando em casa eu chorava feito uma criança, contei para minha mãe o que aconteceu, isto ocorreu em janeiro de 2014, havia desistido de procurar médicos.
Minha surpresa chegou em fevereiro, quando me ligaram do Hospital do Mandaqui (hospital localizado em São Paulo). Meu coração quase pulou para fora de tanta alegria, marcaram minha primeira consulta para dia 09/04/2014, os meses pareciam não ter fim, pois estava muito ansiosa. 
Quando passei no medico ele disse que iria me operar, porém havia um tratamento a fazer, precisei ir mudando meu estilo de vida, um processo nada fácil, mudanças de hábitos e rotinas. Todo este processo teve duração de 6 meses. Foram os 6 meses mais felizes de minha vida, mesmo sendo difícil, pois a mudança estava próxima. Até que minha cirurgia foi marcada para o dia 27/10/2014. 
Fui operada pelo Dr. Braz, fiz a Fobi Capela em Y Roux, aberta com anel. Senti muitas dores nos primeiros 6 dias, mas nada era como a alegria que sentia em meu coração. Fui fazendo tudo certinho, com a dieta emagreci bem nos primeiros meses. O médico que me acompanhava estava maravilhado por ver minha recuperação. Com 2 meses de operada já comecei a frequentar academia para evitar a flacidez.
Porém como nada na vida é fácil, nem tudo foi flores, perdi algumas pessoas que se diziam meus amigos. Sempre tive o apoio da minha mãe e da minha irmã em tudo, por isso sou grata a elas. Hoje  frequento academia 6x na semana e caminho 4x na semana por 2 horas, tudo acompanhado por profissionais capacitados e qualificados. Até agora, com 6 meses de operada, já emagreci 52 quilos, falta pouco para a meta médica.
E hoje digo as pessoas, tenham fé, pois a fé é tudo aquilo que não podemos ver, hoje você pode não ver uma transformação, mas acredite em Deus e siga os teus sonhos, lute com todas as suas forças e não se limite, a vida é linda mesmo você estando gordinho, magrinha, sendo baixa, alto, manco ou seja lá o que for, Seja forte! Não desistam, continuem a lutar, pois o primeiro a acreditar em você é VOCÊ MESMO!!

Por: Paloma Toso


segunda-feira, 4 de maio de 2015

Avaliação Física, um norte para sua mudança.

Segunda-feira, seis horas da manha, e você acaba de acordar e quase nem dormiu direito, pois acaba de comprar uma balança e passou a noite ansioso (a) com a mudança que esta por vir. Então você resolve se pesar, os números no display não são os melhores possíveis, mas você não liga, pois a tarde promete, você vai a academia. O dia passa voando e você se dirige a academia, por cisma você decide se pesar novamente, e nota que alguma coisa em seu corpo mudou, pois os números da balança sofreram alterações, mas novamente não liga, pois teu cérebro esta gritante pelo inicio dos exercícios físicos e projeta mudanças. Você inicia o programa padrão de treinos, sem antes tirar algumas medidas básicas do corpo. O tempo passa e você já não tem mais o mesmo entusiasmo, não observa resultados no espelho, a balança ainda continua suspeita e seu cérebro antes gritante já esta começando a se calar e cogita uma desistências. Isto tudo pode ocorrer  devido a uma pequena ou grandessíssima falha, a falta de uma boa avaliação física.
Antes de iniciar a citar as reais importâncias sobre a avalição física, quero frisar que a balança não é o indicativo para avaliar o progresso de treinos e mudanças de hábitos. Muitos alunos me questionam sobre a grande alteração de peso que ocorre no nosso organismo durante um curto espaço de tempo. Os fatores que fazem com que isso aconteça são muitos:
  • Hidratação: Quando o dia está quente, a variação é maior ainda. Se você bebe uma garrafinha de água com 300 ml e logo depois se pesa, é a mesma coisa que subir na balança com a garrafinha na mão. Hidratando bem o peso aumenta, mas nada de beber pouca água para o peso cair.
  • Funcionamento dos intestino e rins: Se você foi ao banheiro a diferença pode ser de meio quilo, se o intestino não funcionou no dia, fatalmente estará mais pesado
  • Tempo prolongado em jejum: Faça o teste. Acabe uma refeição e se pese. Fique 4 horas sem comer e beber nada. E, antes de fazer próxima refeição suba na balança novamente. Seu peso pode cair até 0,5 quilos.
Portanto é nítido que somente a balança não seja confiável para processo de avaliação física. Uma boa avaliação física terá como objetivos:
  • Avaliar o estado do individuo ao iniciar a programação do treinamento.
  • Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido de supera-las.
  • Auxiliar o individuo na escolha de uma atividade física que, além de motiva-lo possa desenvolver suas aptidões.
  • Impedir que a atividade seja um fator de agressão.
  • Acompanhar o progresso do individuo.
  • Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento dos indivíduos.
Porque fazer uma avaliação física?
  • Para verificar a condição inicial do aluno, atleta ou cliente.
  • Para obter dados para uma prescrição adequada da atividade.
  • Para obter dados para incluir, excluir e indicar uma atividade física.
  • Para programar o treinamento.
  • Para acompanhar a progressão do aluno durante o treinamento (reavaliações).
  • Para verificar se os resultados estão sendo atingidos.
Quando fazer uma avalição física?
  • Inicio de qualquer programa de atividade física.
  • No decorrer do período de treinamento.
  • Ao final de um ciclo de treinamento ou quando for necessária uma reformulação do mesmo.
Observe a tabela abaixo:
Data da avaliação: 01/08/2013 10/09/2013 Resultado em 40 dias
Subescapular 67 60 Diminuição de 7 mm nas costas
Tríceps 39 34 Menos 5 mm
Bíceps 18 15 Menos 3 mm
Peito 52 46 6 mm a menos
Médio Axilar 42 35 Menos 7 mm
Suprailíaca 49 41 Menos 8 mm na parte lateral do abdômen
Abdominal 58 48 Menos 10 mm ao lado do umbigo
Coxa 58 50 8 mm a menos na coxa
Panturrilha 25 21 4 mm a menos na perna
Soma das dobras cutâneas 408 350 No total 58 mm reduzidos
Peso atual 83,8 83,6 Somente 200 gramas de redução no peso
Percentual de gordura 41,70% 39,50% 2,2% menos de gordura
Gordura corporal 35 33 Menos 2 kg de gordura
Massa corporal magra 48,8 50,6 Mais 1,8 kg de massa magra
Excesso de gordura 14,1 11,39 Até o peso desejado muda por causa do
Peso desejado 69,7 72,2 aumento de massa magra

Na tabela acima está a composição corporal e as dobras cutâneas (aquela que é medida com um “beliscão” e uma “pinça”). Nas circunferências, ela perdeu 7 cm no abdômen e 3 cm na coxa! Resultado fantástico para 40 dias, não é? Mas olhem o peso na balança – só 0,2 kg (200 gramas). Quase nada… Se ela não tivesse feito avaliação física e só usasse a balança como parâmetro, provavelmente ela desistiria. Ela perdeu 2 kg de gordura e ganhou 1,8 kg de “massa magra”.
83,8 kg – 2 kg de gordura + 1,8 kg de tecido magro = 83,6 kg
Além de músculos ganhamos peso quando fazemos atividade física também pelo aumento da quantidade de sangue no corpo (temos em média 6 kg, e essa quantidade aumenta quando melhoramos o condicionamento físico) e das reservas de glicogênio corporal (no fígado e músculos são mais de 3 kg).
Não espere 3 meses para fazer uma reavaliação física na academia. Muitas coisas acontecem nesse período… Faça com mais frequência e se motive mais!
 
 

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Overtraining. Corra deste problema.

Treino, treino e mais treinos. Esta é a rotina daqueles indivíduos que buscam a grande transformação ou buscam atingir metas em alguma modalidade esportiva. Porém é preciso estar atento ao grande volume de treinos (quantidade), pois o corpo precisa se recuperar das cargas de treinamento, esta recuperação deve ser planejada de forma consciente e equilibrada dentro dos ciclos de treinamento. Caso contrário é grande o risco de que se desenvolva a síndrome do Overtraining, síndrome está que pode derrubar os teus rendimentos, gerar lesões e consequente a estes problemas te tirar dos treinos e deixar as tuas metas mais distantes.
A seguir irei citar como perceber se esta entrando nesta cilada e como sair correndo dela.


O que é overtraining?
O  overtraining  pode  ser  caracterizado  como uma  desordem  fisiológica  que  acomete principalmente  atletas,  causando  redução  do desempenho  competitivo,  incapacidade  de manutenção  das  cargas  de  treinamento,  fadiga crônica, desequilíbrios na homeostasia, enfermidades  freqüentes  e  transtornos  psicológicos (KUIPERS, 1998; MAcKINNON,  2000; HALSON; JEUKENDRUP, 2004). O desequilíbrio nas  cargas  de  treinamento,  excesso  de  competições ∗ e  períodos  inadequados  de  recuperação  são  alguns dos  principais  agentes  causadores  do  overtraining, que  pode  durar  semanas  ou  até  meses (LEHMANN;  LORMES;  OPITZ-GRESS  et  al., 1997;  HEDELIN;  KENITA;  WIKLUND  et  al., 2000).  Segundo  Halson  e  Jeukendrup  (2004),  o overtraining  é  definido  como  o  acúmulo  de  cargas intensas de  treinamento  com  recuperação inadequada  que  resulta  em  queda  na  performance por  um  longo  período;  sendo  assim,  quando  mais precoce  o  diagnóstico,  melhor  a  restauração  da performance.

Principai Sintomas.
Suscetibilidade à fadiga, excitação, distúrbios do sono, perda de peso, tendência ao suor, suor noturno e mãos úmidas, olheiras, palidez, dores de cabeça frequentes, taquicardia, variação da pressão arterial, maior frequência cardíaca de repouso (FC), aumento do metabolismo, temperatura corporal levemente aumentada, retorno lento/retardado da (FC) ao seu valor inicial após atividade física, comportamento usual da pressão arterial (PA), hipersensibilidade sensorial (sobretudo acústica), pouca coordenação dos movimentos, redução do tempo de reação, reações erradas, tremor, recuperação retardada, intranquilidade interior, rápida estimulação, excitação, depressão.

Como correr deste bicho papão?
Quando corretamente tratado, pode ser resolvido num período de 2-3 semanas. Assim que os sintomas desaparecerem e o indivíduo sentir-se bem, pode-se retomar o treinamento específico, porém, as atividades de treinamento devem ser periodizadas e aumentadas lentamente, a fim de evitar recaídas.
O descanso deve estar planejado dentro dos ciclos de treinamento para que não se desenvolva a síndrome do overtraining, veja como você pode obter maiores rendimentos quando o descanso é bem planejado e inserido no seu programa de treinamento, lendo a matéria: Aumente sua performance descansando. 
Corra deste problema e treine de forma equilibrada e consciente.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Marketing Pessoal - Sou a Pessoa CERTA!!!

Existem dias em que acordamos meios desanimados, desmotivados, olhamos para o espelho e pensamos se eu fosse um produto eu não me compraria. Pois não sabemos pra onde ir, parecemos cachorro em dia de mudança, ai perguntas como estas surgem: Onde procurar emprego? Qual área seguir? No que devo me especializar? O blog não irá responde isto para você, mas dará 7 dicas para que o sucesso seja seu melhor amigo e que ao final do dia você encare o emprego e decida investir em você.

1º Preparação Diária.
Nem sempre acordamos dispostos a tudo, porém a grande diferença entre um grande empreendedor e um pequeno é a sua preparação diária. Geralmente isto acontece no começo do dia, ao tomar café, na chegada do seu local de trabalho. Você deve estar sempre antenado, ler noticias sobre diversos temas, pois nem só de esportes vive um personal.

2º Abordagem
Segunda-feira, 7 horas da manhã, academia vazia, você de ressaca sem a menor disposição de atender aquele gordinho que só fala de futebol. Em contra partida seu companheiro de trabalho chegou as 6:30, esta lendo sobre a bolsa de valores, e você pensa "esse cara é louco". Ele com a maior disposição aborda o fofinho, inicia uma conversa com um bom dia, chamando o fofo pelo nome, perguntando sobre o que ele esta achando do treino, da academia e sobre o que espera da semana. Este profissional com certeza será um dos grandes. Pense nisso.

3º Sondagem
Geralmente usada nas grandes lojas de grife onde o atendimento é individualizado, este processo pode ser incluso no momento em que profissionais de Educação Física abordam seus cliente.
Algumas perguntas podem nortear um trabalho competente, colocaremos aqui alguns exemplos: O que esta achando do programa de treinos? Esta satisfeito com nossa estrutura?

4º Demonstração (FEEDBACK)
Hora de pegar pesado no treino, os marombas chegaram na academia, iniciam aquele treino que nem o dinossauro Rex iria conseguir suportar. Porém eles estão executando o treino de forma errônea, cargas em excesso, movimentos errados, a postura mais parece a de uma lagartixa. É de suma importância que o profissional entre em ação e conduza a situação com tranquilidade e demonstre de forma coesa, simples e objetiva todos os fundamentos corretos para uma boa execução do movimento.

5º Vá além do esperado
Perdemos muito espaço no mercado, pois devido a supostos educadores que não se prepararam, e só querem pegar os filezinhos da academia, nossa imagem ficou rotulada como tarados bombados sem intelecto.
Para este quadro ser revertido, é preciso ir além, se especializar, ser carismático, pensar no cliente como um todo, um ser que sente ansiedade, stress, tem vícios, como ele se alimenta e dorme. Não olhe para ele somente como um cliente, trate-o como um amigo, crie um laço de confiança e os frutos serão imensos.

6º Fidelização
Quarta semana de treinamento de um iniciante, as dores já estão pelo corpo todo, o pensamento de encerrar o programa de treino esta batendo forte na sua cabeça. Você não vai fazer nada pra reter seu cliente?
Esta etapa talvez seja um dos grande desafios encontrados na nossa área. A fidelização passa por todas a etapas citadas a cima e mais alguns mimos ao cliente. Um bom papo, mostrar que você conhece e sabe o que esta fazendo, apresentar resultados, individualizar treinos, promover eventos e investir no cliente, são ferramentas para a fidelização e aumento na sua cartela de clientes.

7º Encerrando Uma aula. Hora do Tchau...
O fofo esta pingando suor, seu treino foi histórico, porém amanha tem mais, mas na cabeça dele esta a coxinha e sofá e amanha tem jogo do verdão na TV. Você acha que ele voltara? sim ele voltara. Mostre a evolução dele neste dia, crie um desafio para ele, incentive, motive-o, se necessário ligue para casa dele e convide-o para treinar. Este processo criara um laço de amizade entre você e o fofinho que seu amigo "personal" dispensou por causa da ressaca.

Comece a se PREPARAR e conte suas NOTAS de 100.

Exercícios educativos para corrida.

Caros amigos de treinos e leitores, grande é a preocupação com o desempenho durante os treinos. Sempre buscamos alcançar novos objetivos, com tempos baixos, e consequente a isto melhores resultados é presente em nossa rotina de treinos, mas nem sempre alcançamos esta melhora, é comum observarmos os grandes atletas e corredores de níveis mais avançados e pensarmos que passada perfeita, como eles treinam mais forte e obtêm uma postura que chega perfeição. E dentro destas questões pensamos que somente indivíduos altamente treinados por profissionais renomados possam alcançar tal performance e perfeição nos movimentos.
Mas a perfeição nos movimentos pode ser adquirida através de exercícios educativos e muita dedicação nos treinamentos. Mas você deve estar se perguntando, que raio de exercício educativo é isso? Preciso me educar novamente?
Os exercícios educativos são movimentos que ajudam na eficiência, na melhora da coordenação motora e economia de energia na execução de seus movimento durante a corrida. ou seja, se o atleta tem uma deficiência ou má postura na sua corrida, com o exercício educativo ele é facilmente detectado e corrigido.
Por este motivo os exercícios educativos são imprescindíveis na formação da planilha de treinamento, tanto para os corredores iniciantes e como para os avançados, eles devem estar presentes durante toda a vida dos corredores. Como treinador exijo e insiro estes execícios a todos os meus alunos, para que eles desenvolvam a consciência corporal e a perfeição dos movimentos durante as suas corridas. Abaixo listarei e ilustrarei alguns exercícios educativos que compreendo serem fundamentais para uma boa corrida:


  • Skiping alto: Elevação alternada dos joelhos até a altura do abdômen.
                                               
  • Skiping baixo: Elevação alternada dos joelhos até a altura dos quadris.                                                                                  
  • Anfersen: Corre no lugar ou em locomoção tocando os calcanhares nos glúteos.
                                                 

  • Hanppserlaufen: Corrida alternando saltos com elevação dos joelhos e consequente trabalho de braços.                                    
  •                                                 
  • Dibling: Corrida rapidíssima no lugar elevando minimamente os pés com trabalho de braços rápidos e veloz.
                                

Portanto se soltem e procurem um bom professor de educação física, para que o mesmo possa lhe acompanhar de perto e melhorar a execução dos exercícios educativos.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Os atletas nascem brincando

Caros amigos, fazia tempos que não me sentia motivado a escrever, porém estes dias em uma de minhas aulas recreativas, descobri dois talentos para o atletismo. A partir destas descobertas comecei me questionar sobre a importância das aulas direcionadas e os momentos de recreação. Aulas onde há muita intervenção ficam chatas e os alunos se dispersam facilmente, porém, aulas recreativas onde existe o brincar de forma livre, que aos olhos dos leigos passam a impressão de ser uma bagunça total, na verdade caminha uma ao lado da outra.
Durante uma aula temática, onde há necessidade de direção por parte do educador físico, ocorre a acomodação das competências motoras de tal modalidade praticada, além da criação de novos conhecimentos cognitivos. As aulas direcionadas a tais modalidades esportivas, se tornaram mais importantes nos tempos de hoje, pois a cultura do mexer-se esta se perdendo, e se torna notório que os alunos estão com um repertorio motor muito limitado. Isto ocorre devido as novas tecnologias e falta de espaços para que os mesmos possam buscar novas experiências motoras.
Dentro desta problemática, o educador físico deve preparar sua aula de modo a atender as necessidades básicas de seus educandos, necessidades estas que envolvem o correr, saltar, empurrar, lançar, manipular, entre outros. Este processo de ensino deve ocorrer dentro das aulas direcionadas, porém as aulas recreativas onde a brincadeira estará presente, possui um enorme grau de importância dentro do contexto educacional, devido a liberdade que os alunos terão de mostrar o aprendido.
Estas aulas onde o brincar esta presente, são geralmente direcionadas em um primeiro momento pelo professor, e em segundo plano os alunos realizam as tarefas propostas com liberdade e autonomia, é neste momento que o aluno assimila o conteúdo acomodado nas aulas direcionadas, mostrando que entendeu, e em que momento deve aplicar tal capacidade para desenvolver com mais qualidade a tarefa proposta na brincadeira.
É no brincar que o aluno mostra suas reais necessidades de correção, suas verdadeiras habilidades motoras, cognitivas e interesses sociais. Dentro destas situações, quero me atentar as verdadeiras habilidades motoras, pois foi em um destes momentos do brincar que encontrei duas alunas com um enorme potencial para o atletismo, em uma brincadeira de rouba-bandeira, identifiquei uma aluna que tem um enorme talento para provas de velocidade e em um pega-pega, observei uma aluna que tem o biotipo e capacidades motoras e fisiológicas perfeitas para provas de resistência.
Portanto devemos nos atentar ao brincar, dar a devida importância a este momento dentro de nossas aulas. Pois quantos talentos são desperdiçados, quando apenas direcionamos aulas? Não que os talentos e potenciais alunos se tornarão atletas de ponta, mas nosso dever enquanto educadores físicos é possibilitar diversas experiências motoras, cognitivas e sociais as nossas crianças.